quinta-feira, 26 de julho de 2012

O valor da Luva Branca para o Maçon


Símbolo da pureza, assim são consideradas as Luvas Brancas dentro da maçonaria, são
elas recebidas pelos Aprendizes quando de sua iniciação.
Inúmeros são os símbolos da Liturgia Maçônica e, dentre eles, destaca-se o da entrega aos
neófitos das luvas brancas quando, nos últimos momentos da Iniciação. O Venerável
anuncia, então, que aquelas luvas brancas constituem o símbolo de sua admissão nas
fileiras dos homens livres e de bons costumes.
Os homens distintos e elegantes, as damas da sociedade fina e os militares galonados
deitaram a moda das luvas brancas. Estas chegaram a fazer parte dos ornamentos que
recebiam os bispos no ato da sua sagração, com a designação de “luvas litúrgicas",
simbolizando a castidade e a pureza.
A entrega das luvas brancas aos neófitos da Maçonaria ficou justificada na mesma intenção
deferida aos bispos dantanho. Cobrindo suas mãos com elas, o maçom é levado a
compreender, primeiramente, que sua mão direita nunca deverá saber o que faz a esquerda.
Também o Venerável lhe explica que são “o símbolo de sua admissão no Templo da virtude,
indicando, por sua brancura, que ele nunca deverá manchá-la nas águas lodosas do vício”.
A rigor se seguíssemos as tradições, dever-se-ia usar as Luvas Brancas em todas as
Sessões. Esta tradição pouco a pouco foi caindo , principalmente nos países quentes.
Todavia este costume não foi de todo abandonado. Muitos Maçons americanos e europeus
ainda observam esta tradição.
As Luvas Brancas também evocam a lembrança dos compromissos assumidos durante a
Iniciação.
A posse das luvas brancas não revela nenhuma interpretação mística, mas sim o que possa
haver de mais ativo e fecundo para a orientação no cumprimento do dever. Alcança tanto a
destinação da própria personalidade do iniciado como a de sua família.
Pelo que ficou esclarecido, a Ordem dos homens livres não se restringe a entregar somente
um par de luvas a cada um dos iniciados. Entrega um outro par que são destinadas àquelas
que mais direito tiver a vossa estima e ao vosso afeto. Foi dito, a que mais estima e não a
que mais ama, porque o amor às vezes exprime um sentimento “cego” e pode enganar em
relação às qualidades morais e intelectuais daquela que deva ser a inspiradora das ações
generosas.
Vê-se, pois, que a Maçonaria, no grande momento da recepção de seus convidados,
lembra-se da mulher, numa homenagem justa e sincera. Não se esquece de que a mulher
esposa tem por sua vez os direitos sustentados desde os dias do chamado “Pontificado
Romano".
Mas, esposa, Irmã, filha ou mãe é sempre a mulher que distribui consolação, promove
alentos e distribui conforto, tanto nas horas felizes da família como nas atribulações e nos
desfalecimentos da vida e de seu esposo. Portanto, tal homenagem da Maçonaria é, sob
todos os aspectos, mais do que procedente.
Um provérbio persa diz: “Não firas a mulher nem com a pétala de uma rosa”. A Maçonaria
reforça este ditado ainda mais: e nunca firas a mulher com um lampejo de pensamento. Seja
ela moça ou idosa, formosa ou feia, má ou bondosa, delicada ou áspera, sabe ser sempre o
segredo do Grande Arquiteto do Universo. É a incansável colaboradora de Deus no seio da
humanidade. À margem de todas as filosofias está a vida. E a perpetuação da vida foi
confiada pelo ser dos seres: à mulher.
O nível de igualdade em que a Maçonaria coloca o homem e a mulher, destinando a cada
um o par de luvas brancas cimenta a certeza dos nobres exemplos transportados aos seus
obreiros cônscios das responsabilidades assumidas perante as assembléias de maçons que
o recepcionaram.
Tais luvas são símbolos da admissão dos recém-iniciados como caráter evidente da pureza
das intenções que deve observar sempre o maçom em suas ações. Portanto, recebendo-as,
ele deve cuidar com toda atenção para não manchá-las como egoísmo e com a
subserviência às paixões que embrutecem o homem.

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